Segundo a profissional, as perdas auditivas no início são imperceptíveis. Muitas pessoas passam várias horas do dia no fone de ouvido perto do volume máximo, e isso pode desenvolver danos irreparáveis. Os fones de ouvido já se tomaram peça indispensável no guarda-roupa dos jovens. O acessório, que se popularizou ainda mais com o uso de celulares, é item de primeira necessidade, em especial, para aqueles que curtem música. No entanto, é preciso atenção, pois seu uso incorreto pode causar danos à audição. Pensando em conscientizar os alunos sobre o uso inadequado do fone de ouvido, a fonoaudióloga Fernanda T. S. Ferreira Lima, que trabalha no Programa Saúde da Família, através do Departamento de Higiene e Saúde de Pompeia, iniciou na manhã desta segunda-feira (02/9), uma série de palestras com o tema: “Abaixe o som, ou diminua de vez sua audição”, nas escolas da rede municipal de ensino. Fernanda explica que o uso constante dos fones de ouvido pode causar uma lesão crônica e insidiosa no órgão auditivo. “As pessoas que fazem uso de fones de ouvido, ou que abusam do som muito alto, poderão apresentar problemas irreversíveis no futuro. E o pior é que muitas delas não sabem a intensidade em que está o volume, por isso, o ouvido já pode estar sendo lesado e sem o indivíduo saber”, explica. A fonoaudióloga do DHS ressaltou ainda que o ouvido é uma região muito sensível e deve ser protegido para evitar futuras doenças ou maiores prejuízos à saúde. “Em graus graves e dependendo do estado da audição e do convívio social do paciente, o mais recomendado será o uso de próteses auditivas”, informou. De acordo com a coordenadora do Programa Saúde da Família, Gislaine Souza, o foco do programa é a prevenção, por isso, a disponibilização de palestras que orientem estes jovens. “Os estudantes de hoje serão os trabalhadores de amanhã, e um dos problemas mais comuns de quem abusa do som alto é a perda auditiva”, alertou a enfermeira. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) alertam que, pelo menos 5% das perdas auditivas no Brasil são decorrentes do uso indevido de fones de ouvido, o que equivale a, aproximadamente 1,5 milhão de pessoas com perdas irreversíveis de audição, sendo a maioria delas entre jovens.
Pompeia