A endometriose é uma condição ginecológica crônica que afeta cerca de 15% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil. Estudos mostram que aproximadamente 70% das pacientes relatam dor pélvica crônica como principal sintoma. Além disso, o diagnóstico pode levar em média de 6 a 7 anos, devido à falta de conhecimento sobre a doença e seus sintomas.

Nos últimos anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou um aumento significativo nos atendimentos relacionados à endometriose. Em 2022, foram realizados 82.693 atendimentos, número que subiu para 115.765 em 2023 e atingiu 145.744 em 2024, representando um crescimento de 76,24% em três anos. Esse aumento reflete uma maior conscientização sobre a doença, mas também destaca a necessidade de políticas públicas mais eficazes para diagnóstico e tratamento.

A endometriose é caracterizada pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, podendo causar inflamação, dor e aderências. Os sintomas incluem cólicas menstruais intensas, dor durante relações sexuais, alterações intestinais e infertilidade. Apesar de ser uma condição benigna, a endometriose pode impactar significativamente a qualidade de vida das pacientes.