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Veterinária e equipe percorrerão de início, mais de 200 casas do Jardim Primavera. Depois é a vez do bairro Olmira. Regiões escolhidas seguem critérios da SUCEN por possuírem alta população canina e terem registrado casos contínuos de leishmaniose em cães
O Departamento de Higiene e Saúde de Pompeia, através do setor de Vigilância Sanitária, inicia na próxima segunda-feira, dia 16 de maio, mais um inquérito canino pós-pandemia. O levantamento epidemiológico faz um retrato da situação dos cães em relação à leishmaniose.
Na ocasião, Veterinária e agentes sanitários visitarão inicialmente cerca de 200 casas do bairro Jardim Primavera, efetuando coleta de sangue dos cães domiciliados para realização de exames diagnósticos. Estes são realizados em duas etapas, a primeira ainda no município, através de um teste rápido, e a segunda no Instituto Adolfo Lutz, em Marília.
A veterinária explica que dentre as medidas que podem ser tomadas na fase final do inquérito estão: a eutanásia dos animais positivos nas duas etapas dos exames ou a possibilidade de tratamento, caso o tutor opte por isso. No entanto ressalta que a Leishmaniose não tem cura e que o único tratamento autorizado pelos órgãos competentes é bastante oneroso e visa o controle da doença e não sua cura.
O superintendente do DHS, Adalberto Bento, reforçou a importância da ação e enfatizou que a escolha dos bairros, resulta da avaliação da grande população canina existente na região. "Identificamos os locais que demandam desta ação realizada pela Vigilância Sanitária, através do Centro de Controle de Zoonoses. Temos de ir onde a população mais demanda desse serviço. Essa é a forma que o Município tem de se resguardar da ocorrência de problemas com a leishmaniose em dada região”, frisou Adalberto.
*Sintomas*
- Emagrecimento
- Feridas no focinho e pontas de orelhas
- Queda de pelos e crescimento das unhas
- Comprometimento de órgãos internos como fígado e rins.
*Prevenção*
A primeira medida preventiva é a utilização da coleira repelente para leishmaniose, instrumento com resultado bastante eficaz para afastar o mosquito. Outra medida preventiva é fiscalizar o ambiente onde os cães vivem, removendo folhas secas, frutas podres no chão, pedaços de madeira, fezes de animais, ou seja, restos de matéria orgânica que funcionam como criadouros do mosquito transmissor, que também prolifera nas proximidades de galinheiros e viveiros de aves.
*Tratamento e Eutanásia*
A médica veterinária explica que “a recomendação do Ministério da Saúde juntamente com o Ministério da Agricultura ainda continua sendo a eutanásia pois a leishmaniose canina. Além de ser uma zoonose, é uma doença de caráter progressivo e não tem cura. O tratamento objetiva o controle da carga parasitária no organismo do animal, porém mesmo com o tratamento há a necessidade do uso constante da coleira repelente do mosquito, uma vez que a carga parasitária pode voltar a aumentar e o animal tornar-se novamente transmissor da doença, além da possibilidade do retorno dos sintomas. Além disso a necessidade de acompanhamento com certa rotina por um médico veterinário, aliado ao alto custo do medicamento específico, torna o tratamento bastante oneroso.", completou Irani.