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Vigilância dá início a campanha contra a Leishmaniose
O Departamento de Higiene e Saúde em conjunto com os setores de Vigilância Epidemiológica e Sanitária, deram início nesta terça-feira (1) ao trabalho de coleta de amostras de sangue em cães, para o controle da Leishmaniose no município. A doença considerada grave, é causada pelo protozoário denominado ‘Leishmania Chagasi’, e transmitida pela picada do mosquito Palha. Para evitar o avanço da doença, o manejo ambiental, ou seja, a diminuição ou eliminação de locais favoráveis para a proliferação deste mosquito, seja em áreas públicas ou residenciais, além da pulverização de locais com histórico de casos da doença, são fundamentais para afastar a todos deste risco. Será realizada a coleta de duas mil amostras de sangue canino, num trabalho com duração de 4 meses. Os pontos serão aleatórios, em regiões consideradas de maior risco, como extremidades da cidade e residências próximas as matas. A ação possui testes rápidos que depois de realizados, vão para uma segunda avaliação no laboratório estadual “Adolfo Lutz”. Comprovada a doença no animal, o morador será notificado sendo indicada a eutanásia. Vale lembrar que o poder de decisão é do proprietário do animal, que dependendo da escolha, assume todas as responsabilidades que interponham riscos à saúde pública. Os sintomas no ser humano são: febre, emagrecimento, fraqueza, anemia e aumento de baço, dentre outras manifestações. O diagnóstico e tratamento estão disponíveis na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), através das Unidades de Saúde do município. A doença quando não tratada, pode evoluir para óbito. Já no animal, os sintomas são: apatia (desânimo, fraqueza e sonolência), perda de apetite emagrecimento, feridas na pele, principalmente no focinho, orelhas, articulações e cauda (que demoram a cicatrizar), descamação da pele, crescimento anormal das unhas e perda de pelos. Em fase avançada da doença, os animais apresentam aumento abdominal, olho vermelho, diarreia, vômito e sangramento intestinal. O cão infectado pelo parasita, pode adoecer logo ou demorar meses para apresentar sintomas, e o tratamento tem custo alto ao proprietário. Segundo o Diretor da Vigilância, João Marcelo Destro “Shell”, estas ações de controle serão realizadas conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde. “Todos os cães infectados, mesmo aqueles sem sintomas aparentes, são fontes de infecção e um risco para a população. Nosso trabalho é barrar esta ameaça na busca pela prevenção, trazendo resultados importantes em termos de saúde pública”. Para evitar a picada do mosquito-palha e a leishmaniose em cães, evite levá-lo para passear após o pôr do sol, horário de maior atividade do mosquito, ou em locais úmidos como matas e parques. O uso de coleira com inseticida em cães como método preventivo, também traz bons resultados, uma vez que o acessório é impregnado de inseticida (deltrametrina) e tem a função de espantar e matar o mosquito-palha vetor da doença. Outro fator importante é o cuidado com os quintais, não deixando acumular lixo em casa ou em terrenos baldios, já que o mosquito transmissor se reproduz na matéria orgânica.