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DHS alerta sobre uso abusivo e dependente de medicamentos
Proposta de alívio imediato do sofrimento, como em um passe de mágica, é um apelo atraente, mas tem seu preço, e pode ser descontado na própria saúde. O Departamento de Higiene e Saúde de Pompeia está mais uma vez alertando sobre os perigos da automedicação. Muitas pessoas quando apresentam algum mal estar, recorrem à velha caixa de remédios buscando um alívio, às vezes momentâneo. Este hábito corriqueiro pode trazer vários problemas, pois o uso, principalmente sem prescrição médica, além de ser um dos principais fatores de intoxicações, pode causar problemas graves para a sua saúde. Dados do Ministério da Saúde apontam que pelo menos 35% dos medicamentos adquiridos no Brasil são feitos através de automedicação. Os medicamentos respondem por 27% das intoxicações no Brasil e 16% dos casos de morte por intoxicações são causados por medicamentos. Além disso, 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou usados inadequadamente. Remédios para o tratamento de ansiedade, antidepressivos, analgésicos e anti-inflamatórios, são as classes de medicamentos que mais intoxicam no país, e trazem consigo efeitos como convulsões, sonolência, vômitos, danos hepáticos, irritações na pele e em casos extremos, até mesmo a morte. As substâncias psicotrópicas agem no sistema nervoso central, causam mudanças no humor, percepção e também na consciência. O consumo descontrolado deste tipo de medicamento causa vício e diversos riscos à saúde, como, por exemplo, problemas vasculares e diminuição da respiração do usuário. Outro fator importante no uso indiscriminado de medicamentos, é que a prática pode “mascarar” sintomas graves de alguma doença ou até mesmo agravar o quadro clínico do paciente. Problemas sérios de estômago, por exemplo, podem ser decorrentes de úlceras ou tumores. “Muitos pacientes administram por conta própria medicamentos como o “omeprazol” ou alguns antiácidos, sem uma investigação adequada do problema. Como justificativa, a autoconfiança é o principal motivo para esta atitude. Nesta situação, passam então a seguir recomendações de parentes ou vizinhos, por isso, o correto é procurar um médico. Ele pode orientar quanto ao uso racional dos medicamentos e fazer o acompanhamento durante o tratamento”, enfatiza a servidora Marta Chichetti, responsável pela Central de Medicamentos. “A variedade e a facilidade no acesso a medicamentos nos dias de hoje, não pode ser vista como um estímulo frequente para o uso inadequado dos mesmos, sobretudo, porque tende a ressaltar os benefícios e omitir ou minimizar os riscos e os possíveis efeitos adversos, dando a impressão aos pacientes, muitas das vezes leigos no assunto, que estes são produtos inócuos, fazendo com que a busca pelo consumo, seja como a de qualquer outra mercadoria”, concluiu Marta. *Foto: Carlos Severo