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Leishmaniose: Número de casos em cães do município faz acender sinal de alerta
Veterinárias da Vigilância indicam o uso de coleira específica como método mais eficaz e medida preventiva no controle da doença O Departamento de Higiene e Saúde, através do setor de Vigilância Sanitária, alerta a população com relação ao aumento significativo de casos de Leishmaniose em animais do município, doença grave causada por um parasito transmitido para pessoas e cães por meio da picada de um inseto (vetor) muito pequeno, conhecido como “mosquito palha”. No último ano, os números obtidos pelo inquérito canino mostraram índices que beiram 12% de casos da doença nos pets da cidade, acendendo um sinal de alerta nos setores de saúde e em toda a população, tendo em vista o ciclo da doença, onde o inseto pica um cão doente portador do parasito, e depois pica uma pessoa saudável, que poderia então desenvolver a doença. A veterinária da VISA, Bruna Coelho, enfatiza que a melhor prevenção é simples e convencional, bastando que apenas se evite a proliferação do mosquito. “As fêmeas põem seus ovos em terra úmida, sombreada e com acúmulo de folhas, frutos e fezes de animais, o que dá início à proliferação do vetor. Por isso, devemos limpar diariamente nossos quintais, recolher todo material orgânico do chão, dentre outros. É nesse material acumulado que as fêmeas do inseto põem seus ovos, gerando novos mosquitos que irão transmitir a doença para pessoas e cães”, disse. Bruna incentiva ainda o uso da coleira impregnada com o inseticida como o método mais eficaz e de proteção ao animal. “Quando comparamos o uso da coleira, a vacinação de animais ou a prática da eutanásia, a eficácia da coleira chegou a quase que 100% na diminuição de cães infectados, enquanto que a vacina atinge 80% e a eutanásia, 90% de redução. Ela dura de 4 a 6 meses e é impregnada com o inseticida deltrametrina que tem a função de espantar e até mesmo matar o mosquito-palha”, concluiu. Os cães infectados pelo parasito podem adoecer logo ou demorar meses para apresentar sintomas, e mesmo aqueles sem sintomas aparentes, não deixam de ser fonte de infecção para o inseto transmissor, ou seja, um risco para a saúde. Os sintomas nos animais vão desde emagrecimento, queda de pelos, crescimento de unhas, descamação da pele, a fraqueza, feridas no focinho, orelhas, olhos e patas. Já em humanos, febre durante muitos dias, perda de peso, fraqueza, anemia e aumento do fígado e baço, ou até mesmo sangramentos nos casos mais graves.